O nível médio do mar subiu cerca de 20 centímetros desde 1880 e os cientistas preveem que ele possa subir até 98 centímetros em 2100. Porém, há quem ainda não tenha uma noção exacta do que pode significar este fenómeno.
Para ajudar estas pessoas a perceberem o que está em jogo, o designer gráfico amador Martin Vargic, da Eslováquia, criou um mapa com pior cenário de sempre – e absolutamente inimaginável, na verdade. Vargic desenvolveu um mapa do mundo com uma subida do nível médio do mar na ordem dos 79 metros, o equivalente ao derretimento das calotas dos dois polos, Norte e Sul, que libertariam oito milhões de metros cúbicos de água para os oceanos globais.
À primeira vista, o cenário não parece muito diferente do que é hoje o mundo, mas um olhar mais atento permite perceber que metade do Reino Unido ficaria submerso (foto 2), incluindo cidades como Londres ou Leicester. Também Amesterdão e a Holanda desapareceriam, assim como cidades como Berlim, na Alemanha.
Nos Estados Unidos (fotos 3 e 7), grande parte da costa leste ficaria submersa, incluindo Miami, Nova Orleães e Washington. Grande parte da Austrália também desaparecia (foto 5), mas o País que seria, provavelmente, mais atingido com este fenómeno é o Brasil (foto 4), devido à explosão do Rio Amazonas.
Em Outubro, pesquisadores da Universidade do Havai explicaram que a Terra caminhava para um futuro apocalíptico, no qual cidades como Nova Iorque e Londres se tornariam inabitáveis. Neste cenário, as cidades de Honolulu, Phoenix, San Diego e Orlando seriam as primeiras atingidas, em 2046.
Neste estudo, o rio Amazonas tornar-se-ia num mar, inundando grandes partes do Brasil. Terá sido esta a inspiração de Martin Vargic “Trabalhei muito neste mapa, recolhi todos os dados de vários relatórios”, explicou o autor. “Desenhei-o digitalmente à mão, com base em topografia recolhida na NASA”, continuou o responsável.
Portugal, curiosamente, não seria dos países mais atingidos por este cenário, mas parte da nossa costa ficaria submersa, sobretudo nas áreas perto do rio Tejo.
Nos mapas (ver galeria), as partes sem cor representam áreas que ficaram inundadas – a actual costa aparece a tracejado. Veja-o a nossa galeria.